sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Ônibus "ateus" vão circular por Salvador

Ônibus com mensagem atéia na Inglaterra: "É provável que Deus não exista. Agora pare de se preocupar e aproveite a vida" (tradução livre).



A capital nacional da fé e devoção está prestes a receber uma campanha que promete dar o que falar. Tratam-se dos ônibus “ateus”, que a partir do próximo domingo (12), começam a circular por Salvador. Alguns coletivos da capital exibirão mensagens nada convencionais expondo o ponto de vista de ateus e agnósticos sobre temas como fé e moralidade. A ação é uma iniciativa da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, e o mote da campanha é o slogan “Diga não ao preconceito contra ateus”. Serão quatro peças diferentes acompanhando imagens fortes e frases polêmicas. Uma delas afirma: “A fé não dá respostas. Ela só impede perguntas”. Em outra peça aparecem Adolf Hitler e Charles Chaplin (ambos de ‘monogode’) ilustrando o texto “Religião não define caráter”. A associação, que tem núcleos em várias partes do mundo, pretende arrecadar fundos para estender a exibição das peças, inicialmente prevista para um mês. Segundo o presidente da entidade, Daniel Sottomaior, a campanha é necessária para chamar a atenção da sociedade e tirar os ateus da invisibilidade. “Somos cerca de 2% dos brasileiros, ou 4 milhões de ateus. Mas muitos têm medo de se expor devido ao preconceito de amigos, chefes e familiares. Isso tem que acabar”, afirma. Evangélicos, católicos, pessoal do axé e assemelhados, temei.

João Gabriel Galdea

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ÚLTIMAS NOTÍCIAS:

A empresa contratada para o serviço em Salvador alegou que o cumprimento do contrato violaria o decreto municipal Nº 12.642 de 28 de abril de 2000, que afirma:

Art.15 - Fica proibida a colocação de qualquer Meio ou exibição de anúncio, seja qual for sua finalidade, forma ou composição nos seguintes casos;
II. quando favoreça ou estimule qualquer espécie de ofensa ou discriminação racial, sexual, social ou religiosa

III. quando contenha elementos que possam induzir à atividades criminosas ou ilegais, ao uso de drogas, a violência, ou que possam favorecer, enaltecer ou estimular tais práticas;

IV. quando considerado atentatório, em linguagem ou alegoria, à moral pública e aos bons costumes;

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